quinta-feira, 7 de outubro de 2010

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Talude que cedeu em Vialonga está há oito meses à espera de intervenção Vialonga está há oito meses à espera de intervenção

16:36

A encosta que cedeu em Fevereiro deste ano em Vialonga, arrastando um automóvel de um médico que dava consultas na Unidade de Saúde Familiar, ali ao lado, ainda não foi alvo de intervenção. Utentes e profissionais temem pela segurança do local.

O talude perigoso, que abateu no último Inverno próximo da Unidade de Saúde Familiar (USF) de Vialonga e que destruiu a viatura de um médico, ainda não foi alvo de uma intervenção. Oito meses depois do acidente os utentes, profissionais e moradores da zona temem pela segurança do local e reclamam medidas urgentes.

O abate da encosta em Fevereiro deste ano levou uma parte do passeio, que continua vedado ao público, assim como o automóvel de um clínico que estava a dar consultas no centro de saúde. Quem ali vive garante que a chegada do Inverno poderá trazer sérias consequências e até os profissionais da USF temem pela estabilidade do edifício.

“Nada foi feito ali. Nenhum muro foi erguido. Nenhuma placa foi colocada para reter as terras. Da maneira como as coisas estão é certo mais pedaços de terra abaterem quando as chuvas chegarem vão poder levar uma parte do asfalto e, quem sabe, causar estragos no centro de saúde”, refere com preocupação uma funcionária a O MIRANTE.

Para os moradores a situação também gera preocupação. “Não se trata apenas dos lugares a menos para estacionamento. É também o arrastar de um problema que não tem solução à vista e se as pessoas não divulgarem o que se passa nada será feito e o problema arrasta-se. O que temos ali é uma vedação que não protege nada. Qualquer criança pode chegar-se ao beirado e cair”, alerta Pedro Nobre, morador.

O terreno é privado e, segundo a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, o seu proprietário alegou não ter capacidade financeira para construir um muro de suporte de terras no lote. Por esse motivo o problema foi encaminhado para o Departamento de Planeamento, Gestão e Qualificação Urbana (DPGQU) da câmara para análise, de onde ainda não saiu.

“Pensou colocar-se um prisma de terras no local, com terra que nos era oferecida, mas depois acabámos por perceber que essas mesmas terras não tinham capacidade para reter o talude”, justifica a autarquia. O vereador com o pelouro das obras, Rui Rei (Coligação Novo Rumo), garante que a situação vai ser alvo de análise e que será encontrada uma solução, acrescentando que este caso “não é responsabilidade do município” mas sim do proprietário do terreno. Para já o município garante que o edifício onde funciona a USF e os prédios circundantes ao talude não se encontram em risco.

Recorde-se que, em Fevereiro, o presidente da Junta de Freguesia de Vialonga, José Gomes (CDU) alertou para a existência de vários taludes antigos e casas abandonadas na freguesia em risco de derrocada. As preocupações do autarca foram expressadas no dia em que o talude próximo da USF ruiu arrastando um Hyundai Santa Fé de um dos médicos. “Quando ouvi o estrondo vim à rua verificar o que se tinha passado e vi o carro. As estruturas estremeceram devido ao volume e ao peso das terras que se movimentaram. Algumas pessoas tiveram receio que houvesse danos estruturais no edifício”, relatou na altura José Mendonça, proprietário da viatura acidentada ao nosso jornal. Fonte: Mirante.

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